O treinador Roger Machado, do Internacional, comentou sobre diversos assuntos na entrevista coletiva de apresentação como novo comandante da equipe principal colorada. Um deles foi a utilização de jovens jogadores no time de cima, especialmente em um momento em que há tanta expectativa sobre atletas como o meia-atacante Gabriel Carvalho, de 16 anos de idade, que estrou profissionalmente pelo Inter neste ano.

“Ao mesmo tempo que temos ser mais ousados, precisamos ser mais conservadores. Não tem uma regra específica. As pessoas são diferentes. Cada um tem um momento diferente de maturação. Pode estar, muitas vezes, maduro tecnicamente, mas emocionalmente não estar. A minha responsabilidade é muito maior do que só com jogador. Eu sei como funcionam determinadas questões. Se busca solicitar um ingresso dos jovens talentos, dos prodígios, mas, se não funciona, não há pudor em descartá-los. Eu tenho responsabilidade no desenvolvimento completo dos jovens”, afirmou Roger Machado. 

Os jogadores experientes do plantel também tem função neste processo de transição dos jovens da base ao time principal, afirmou Roger: “este cuidado sempre prezei muito em ter, justamente para que ele [o jovem jogador] venha e fique [no time principal]. E para que não só o garoto que se identifica como prodígio e que, de fato, é um excelente jogador, mas que a sombra dos jogadores mais experientes, estes experientes funcionem como um guarda-chuva para eles, para absorver as críticas quando elas vierem, para ajudar a colocar os pés no chão quando as coisas acontecerem e os elogios começarem a mexer com a cabeça destes jogadores mais jovens, porque é um processo todo”. 

Os "três times" de Roger

“Gosto de trabalhar com um grupo maior, ao menos 30 jogadores de linha, ou seja, 3 times. Chamo de G1, G2 e G3. Este terceiro é justamente… vão ter ali 25 jogadores, aqueles da base consolidados no profissional ou vindos contratados e alguns demais para uma rotação destes jogadores promissores que precisam vir para o profissional, ficar um período de um mês, retornar. E aviso logo de cara: ‘se voltar lá para baixo e começar a meter marra nos outros, não volta mais. A partir de agora que tu agora, que tu conheceu este ambiente profissional, tem que ir lá e ser exemplo para os outros’ ”.

Assista a apresentação de Roger Machado no Inter e sua primeira entrevista coletiva: