A direção do Inter divulgou nesta semana junto ao Portal Transparência os números financeiros da temporada 2024 no primeiro semestre. Com um déficit de R$ 144 milhões - R$ 52 milhões a mais que o previsto para o período - o investimento em futebol impressiona: R$ 131 milhões, a maior cifra nos últimos cinco anos.
Os valores destacados no Portal da Transparência envolvem os custos do clube com a pasta, desde o salários de atletas, aos dividendos com comissão técnica, colaboradores, encargos e pagamentos de direitos de imagens. Em média, o Inter investiu R$ 21,8 milhões no futebol, mensalmente, nos primeiros seis meses do ano.
O que preocupa os conselheiros e tem de ser destacado na análise da temporada está na falta de titulos e nas eliminações em competições importantes para as contas do clube. No Gauchão, o time do então técnico Eduardo Coudet sequer chegou à final. Na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, os objetivos de quartas e semifinais, respectivamente, ficaram pelo caminho.
Recorde de gastos com o futebol do Inter teve “ajuda” da Liga Forte
O Inter teve capacidade de investimento em atletas como Rafael Borré, Lucas Alário, Fernando, Thiago Maia e companhia devido à uma restruturação financeira do clube - com três anos consecutivos de superávit orçamentário - e os R$ 108 milhões recebidos da assinatura do contrato com a Liga Forte União. A expressiva cifra permitiu readequação de juros bancários e diminuição deste tipo de dívida, abrindo brecha nos gastos mensais para novos investimentos.
Na comparação com anos anteriores, é o maior custo com futebol no período de seis meses. Em 2023, por exemplo, foram R$ 87,4 milhões na primeira metade do ano, com um custo mensal de R$ 14,5 milhões. O recorde anterior era de 2022, com custo de R$ 102,4 milhões, ou R$ 17 milhões mensais.