A direção do Inter indica duas vendas ainda em 2024 a partir de um movimento financeiro feito pelo Conselho de Gestão aos Conselheiros Colorados. Um pedido de suplementação orçamentária será enviado ao Conselho Fiscal e, para suprir um déficit de mais de R$ 148 milhões na temporada até setembro, a rubrica “vendas de atletas” subirá de R$ 135 milhões orçados para mais de R$ 200 milhões. Ou seja: haverá, no mínimo, mais uma saída no atual grupo de Roger Machado.
A saída de Igor Gomes fez o Inter atingir os R$ 135 milhões previstos no plano original. O Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes, colocou nos cofres do clube cerca de R$ 24 milhões. Até este negócio, eram computados números na casa dos R$ 114 milhões em vendas no ano.
O Inter não confirma os valores, mas Maurício foi a carta dourada do baralho na temporada. A saída para o Palmeiras trouxe ao saldo Colorado algo como R$ 46 milhões. O Inter ainda teve Bustos, Pedro Henrique, Robert Renan, o mecanismo de solidariedade da Fifa com Léo Ortiz (venda do Bragantino ao Flamengo) e Charles (negociação do Midtjylland ao Corinthians) outros valores menores que, somados, fazem a meta ser atingida.
Enchente ou gastos além do previsto com o futebol do Inter?
O contexto de enchente no Rio Grande do Sul foi avassalador para o Inter. Os custos extras estimados pela direção Colorada batem na casa dos R$ 90 milhões. Apenas com a reforma do CT Parque Gigante e Beira-Rio, o clube teve de arcar com R$ 35 milhões.
O clube ainda aguarda valores de repasse do Governo Federal e recebeu há poucos dias a segunda parte dos R$ 6 milhões prometidos pela CBF para auxiliar as demandas pela cheia histórica. A partir do pedido de suplementação, o Inter estima encerrar o ano com R$ 44 milhões negativos.