A direção do Inter enviou ao Conselho Deliberativo do clube um pedido de organograma de estudo e debate para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O tema ainda é incipiente e necessita de muitas conversas e apontamentos, mas é visto como essencial pelos executivos do clube para competir com o eixo Rio-São Paulo no que diz respeito aos principais campeonatos do Brasil e do mundo.
A ideia da gestão do Inter é debater com os conselheiros os inúmeros modelos de SAF existentes no globo. A conversa não será exclusiva aos clubes do Brasil. Se pensa, inclusive, em ir até à Europa para conhecer as estruturas e organogramas daqueles que são referência no mercado da bola.
Nos bastidores, se fala em respeitar a história do Inter e, principalmente, valorizar o modelo associativo que rende ao Inter um patamar diferenciado dentro do país. Não há qualquer tipo de investidor disposto a adquirir o Inter, ainda que conselheiros - de forma informal - tenham feito uma estimativa de valores do clube, como um todo, na casa do R$ 2,2 bilhões.
Inter é a nona maior dívida do país
Em meio às dificuldades financeiras, o Inter conta com uma dívida de R$ 700 milhões, sendo o nono maior déficit do país entre os clubes do Brasil. Esmiuçando em fatias, teríamos R$ 150 milhões em valores bancários, outros R$ 350 milhões de carga tributária e R$ 200 milhões em cifras gerais.
O clube conta, hoje, com cinco pilares de arrecadação para manter suas atividades em dia: cotas de TV, patrocínios e publicidad, licenciamento de marca, venda de atletas e quadro associativo. Em 2024, em pedido de suplementação orçamentária enviado ao CD, a previsão é de um déficit de R$ 44 milhões.