Coudet sobre a derrota para o Vitória: “primeiro tempo muito ruim, dos piores que tivemos”

Redação Vozes
17 de junho de 2024

Ricardo Duarte | Internacional / Divulgação

Na entrevista coletiva pós-derrota para o Vitória por 2 a 1 no domingo (16/06), o técnico do Internacional, Eduardo Coudet, detalhou os motivos pelos quais fez sete alterações na formação inicial da equipe na comparação com o jogo anterior, disputado contra o São Paulo. Também reconheceu a má atuação da equipe, especialmente no 1º tempo.

Análise da partida e melhora no 2º tempo com jovens em campo
“Um primeiro tempo muito ruim, dos piores que tivemos. O segundo tempo foi muito melhor. No final, não pude ver a jogada [do pênalti]. Não sei bem o que aconteceu ali desde o banco de reservas. Depois vou olhar. Falávamos antes do jogo que tínhamos dificuldades, especialmente em jogadores que não poderiam seguir no time e que não poderiam começar o jogo, principalmente escutando o departamento médico. Tive que começar com jogadores com falta de ritmo ainda, que não estão 100% das condições, mas temos necessidades. Não é só uma decisão desportiva, mas uma necessidade de que comecem outros jogadores por causa do desgaste, principalmente. Temos que escutar o que diz o departamento médico”.

O que o time precisa fazer para ter melhor desempenho
Na segunda pergunta, o repórter Jairo Winck, do Canal do Baldasso, questionou o que acontece com o Inter, já que, com titulares, o time tem dificuldade para ganhar e, contra o Vitória, com reservas, apresentou desentrosamento. Jairo também ressaltou que tem a questão de não ter o Beira-Rio, mas que o Inter já foi eliminado no Beira-Rio. E completou: o que precisa ser feito para o time entregar um pouco mais? 
Eduardo Coudet: “bom, vendo o microfone não tem dúvida que a tua análise vai ser mais negativa do que positiva”.
Jairo retrucou que é o mesmo microfone com o que sempre o elogiou. 
Continuidade da resposta de Coudet: “sim, recém vejo o microfone. Faço uma análise deste jogo. O que temos que fazer também é sobre as dificuldades que temos. Tivemos sete trocas do jogo anterior para este. É muito. Não é que eu quis fazer isto. Eu queria repetir grande parte do time, mas não posso. Por exemplo, o Renê não tinha condições nem para 10 minutos. O Wesley podia só jogar uma parte da partida. Os jogadores não vêm somando só minutos de jogo. Nós estamos somando horas e horas de viagem e de concentração. Não é tão fácil. Vocês sabem, você elogiou e não estou atacando você [Jairo]. Estou fazendo a análise de que acho que sou a pessoa mais positiva do clube. Sigo achando que vamos brigar. Agora, quando aparecem tantas dificuldades para armar o time, é difícil, além de que fizemos um 1º tempo muito ruim. As dificuldades existem. Tenho que encontrar o motivo para fazer um 1º tempo assim. Se é a falta de ritmo dos jogadores que tiveram que começar. Não é só uma escolha, é uma necessidade [mexer no time]. Vai se acumulando. Sou a pessoa mais positiva, mas existe uma realidade que vão se acumulando os minutos e as viagens. Estamos cansados nós que não jogamos. Imagino os jogadores. Entregam tudo, dão 100%. O calendário está difícil. Vamos encarar da melhor forma. Vamos chegar às 4 da manhã e treinamos amanhã de tarde e na terça temos que viajar a Florianópolis. De Florianópolis não podemos voltar, então temos que ir direto a Curitiba. De Curitiba não podemos voltar, porque o horário não permite. E assim vamos ir. Quanto será suficiente o combustível? Não sei. Eu acho que outro dia contra um adversário muito difícil fizemos um bom jogo, com o São Paulo, pelas dificuldades e tudo mais. Eu estou contando quais são as dificuldades. O Alario não ia começar [o jogo de hoje]. Não estava com condições para começar, mas o Lucca teve a mesma lesão. Não temos mais atacantes. Temos só um e que não estava 100%, mas tínhamos que colocá-lo, porque não temos outro. Agora vamos tentar resgatar da base algum jogador que esteja mais perto, porque os jogadores mais destacados são muito jovens. E colocam a cara. No 2º tempo, entraram bem como Gustavo, Gabriel. É difícil em situações assim como visitante com público adversário. São as primeiras experiências acontecem com eles. São bons jogadores e vão ser bons jogadores. Eram os únicos jogadores ofensivos que tínhamos para tentar buscar o resultado e tivemos que utilizá-los. É o ideal neste contexto? Talvez não. Perdendo, tendo que ir buscar o resultado. Vamos seguir em frente, tentar recuperar os jogadores. Só hoje ao meio-dia sabia quem podia jogador. Casos do Fernando, do Bruno [Henrique] que vínham acumulando tantos minutos. São jogadores com idade. Poderíamos ter nos arriscado, como fizemos com Wesley, mas têm que jogador. Precisamos que joguem todos para poder suportar isto que está acontecendo. Não é uma situação fácil. Se vamos fazer um restrospectiva e buscar todas as coisas negativas, mas hoje ganhávamos e éramos virtualmente líderes ainda. Tivemos todas as dificuldades que tivemos. Não é que eu quero fazer sete trocas porque me deu na cabeça. O time, outro dia, jogou bem. Havia que trocar sete. É o ideal para um treinador? Não. É o ideal para um time? Não. Mas precisa”. 

Mudanças para o jogo contra o Corinthians na quarta-feira
“Temos que olhar quem vai jogar. Muito curto o período entre os jogos. Temos que tentar recuperar amanhã de tarde. Sigo acreditando que podemos ganhar jogos. O time estava mais entrosado se não fizéssemos as sete trocas, mas foi uma necessidade. O calendário vai estar apertado. Vão ser muitos jogos, muitas horas de viagem. Vamos fazer o melhor. Temos carências que não podemos ignorá-las. Temos só um atacante que talvez não chegue na melhor forma, porque estava machucado e tivemos que colocá-lo em campo. Senão jogaríamos sem atacante. O primeiro tempo foi muito ruim, mas não é desculpa, temos que melhorar, temos que conseguir que tenham mais ritmo. Só se consegue jogando. Às vezes por necessidade como hoje. Não quero ser pessimista, vamos preparar o jogo da melhor maneira o jogo de quarta e buscar ganhar, como sempre. Temos um adversário duro como Corinthians no outro lado. As coisas vão se acumulando e cada vez vai ficar mais difícil. Não é pessimismo, mas sim uma realidade”. 

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