wO técnico Eduardo Coudet, do Internacional, celebrou a vitória por 1 a 0 no Gre-Nal 442, disputado neste sábado (22/06), e ressaltou o esforço feito pelo plantel para sair com a vitória do clássico. Leias todas as respostas do treinador colorado na entrevista coletiva pós-partida.
Análise da vitória no Gre-Nal 442 por 1 a 0 em Curitiba (PR)
"é um mérito total dos jogadores. Estou orgulhoso do esforço que fizeram. Tomamos alguns riscos com alguns jogadores. Era um Gre-Nal. Precisávamos ganhar. Que o torcedor aproveite e apoie este grupo de grandes jogadores e pessoas que buscam dar alegrias ao torcedor do Inter".
Vitória no Gre-Nal é sinal de que o Inter brigará pelo título do Brasileirão?
"Ainda quando se complicou tudo, falei que vamos brigar. Acredito nisto. Também falei ao torcedor, é uma frase que uso quando perdo. Falo para o torcedor: não consuma merda. Não tem que consumir merda. Fazemos um grande esforço. O torcedor no estádio sempre apoia. Vimos a festa na rodada passada, hoje também. Fizemos um grande esforço. Temos que nos adaptar às características dos jogadores e ao desgaste. Muitos jogadores não estavam 100%. Todos queriam jogar. Isto é o que mais valorizo".
Recuperação de Alan Patrick para jogar e colocação de Wanderson e Wesley no time
"Sempre falo que tenho que me adaptar às condições que tenho. Quero ganhar e tenho que me adaptar. É o que fazemos. Ainda temos ao menos 3 semanas muito complicadas. Temos que seguir em frente e brigar lá em cima. Depois tudo se acomoda. As dificuldades que temos, tem o Grêmio também. Treinadores como Tite e Abel [Ferreira] têm razão sobre o calendário. Imagina com o nosso time que não joga em casa há muito tempo. São mais de 16 mil quilômetros em pouco tempo. Precisamos nos adaptar para ir bem nesta sequência. Às vezes vamos perder. Volto a falar para o torcedor: quando perder não é catástrofe. O Brasileirão é muito difícil, todas rodadas são. Ganhamos o Gre-Nal e estamos muito felizes pelo clube, diretoria, torcedor. Espero que não me perguntem por que jogou um e não jogou outro. Estamos nos adaptando e brigando".
"Sobre a parte tática ou de estratégia, temos que nos adaptar às dificuldades que temos. Nos adaptamos de grande maneira. Jogaram Alario, Wanderson, Wesley, Alan Patrick. Quase sempre temos 5 jogadores de ataque que se adaptam. Sempre jogamos para ganhar".
O Inter vai voltar ao Beira-Rio em breve: benefícios deste retorno à "casa"?
"O resto da comissão fala para eu aproveitar um pouco. Já penso nas dificuldades para o próximo jogo. Vamos ter dificuldade. Somos visitantes em todos os jogos. Por isto o mérito é dobrado do grupo. Temos que reconhecer, em algum momento temos que reconhecer. Se jogamos bem, precisaria ter ganho por mais. Se jogou para trás, teria que jogar para frente. A equipe vem competindo. Os números não mentem. Se a torcida apoia como tem feito, vamos brigar. Vamos até onde for possível. Temos que recuperar jogadores. Como falamos, são 48 horas para voltar a uma guerra. Eu achava que a Argentina era complicada, para os treinadores é mais complicado no Brasil. Pode falar com qualquer treinador. Outro dia falava com jornalistas. 'Por que não está solto nas coletivas como fazia na Argentina'. Porque aqui, quando não ganha, é atacado. Algumas perguntas são feitas com o "jornal de segunda" [gíria correspondente a "engenheiro de obra pronta"]. Não quero brigar, quero aproveitar. Tomara que respeitem o Renato, alguém que deu muito para o Grêmio. Grêmio e Inter são clubes grandes. Não são para qualquer um. Ele está atravessando a mesma situação que nós [sobre viagens e logística]".
Terceira vitória seguida em Gre-Nal.
"Não estou aqui para falar do Coudet, estou aqui para ressaltar o grupo de jogadores. E nada mais. Ganhamos o Gre-Nal. Não ganhou o Coudet, ganhou o grupo. O torcedor que aproveite. Por agora, teremos muitos meses até o próximo Gre-Nal. Quando perdi, foi sempre olhando para a goleira adversária. Sempre buscamos ganhar. Quando perde, não achou a maneira certa. Quando ganho sou gênio, quando perco sou um imbecil".
Evolução da equipe Corinthians e Grêmio.
"Não existe paciência no futebol. Sabemos onde estamos. Gostamos desta adrenalina. Gosto desta loucura, desta 'bagunça'. Gosto do futebol brasileiro. Se olhar os números deste grupo neste ano, são incríveis. Perdemos para o Vitória. Foi um 1º tempo muito ruim. Fomos os primeiros a falar. Vamos perder jogos. Acontece com todos os times. Os jogadores vão dividir a bola com a cabeça. Temos que ser um Inter positivo, não consumir merda. Não é terra arrasada a cada jogo, como se diz aqui. Não pode ser esta montanha-russa. Vamos perder. Ainda mais na circunstância em que estamos. É difícil. Os jogadores estão aí. Vamos ter dificuldades. Quanto mais nos apoiem, mais fácil será. As dificuldades físicas pelo cansaço são compensadas com a cabeça e o coração. Com apoio de fora é mais fácil. Tem momentos ruins, vaias. Podemos dar a volta por cima. Com apoio é mais simples, mais fácil. Estamos bem. O grupo está competindo o tempo todo. O [Robert] Renan outro dia esteve bem. Podemos acreditar em jovens que nos ajudam muito. Depois vai ter o momento em que vamos estar todos juntos. Todos queremos mais gols. Temos dois jogadores 'mais ou menos' fora que são Borré e Valencia. Alario não estava 100% para começar o jogo, mas começou. Lucca disse que não sentiu tanto. Temos que arriscar. Não posso colocar o outro Lucca em um Gre-Nal, com zero experiência. Prado já é um 'velho' para nós, porque já vem jogando. Às vezes o jovem precisa participar por qualidade, às vezes aceleramos os processos".
Importância da volta ao Beira-Rio
"Vai ser fundamental. Acredito que vai mudar tudo. Não vamos viajar. Não falo sobre a torcida fora do Beira-Rio. É que não conhecemos os campos. Vamos jogar pela 2ª vez em Criciúma. Jogamos em Caxias, Barueri. Não é uma situação normal para o Inter estar bem na tabela jogando sempre como visitante. Estão fazendo um esforço espetacular. Assumimos a responsabilidade de ter que brigar. Estou agradecido pela torcida. Em Criciúma foi espetacular com o recebimento. Não podemos prometer vitória sempre, mas vamos tentar. Não é catástrofe perder".