O ex-presidente Fernando Carvalho, que comandou o Inter entre 2002 e 2006, além de ter sido titular de outros cargos no clube em variadas ocasiões, deu seu ponto de vista sobre a possibilidade de Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no Inter e no futebol gaúcho. Para o histórico dirigente colorado, que liderou o clube, por exemplo, na conquista da Copa Libertadores e do Campeonato Mundial de Clubes de 2006, existem alguns aspectos que são decisivos para a conversão do entidade em SAF.
“Hoje o mercado de investidores está bem grande, intenso. Tem muitos investidores querendo participar de grandes clubes brasileiros. Valores altos. O ambiente para a transformação do clube em SAF, ele tem alguns componentes. O primeiro: pacificação política. Sem pacificação política é muito difícil que tu consiga fazer um bom negócio e uma transição harmônica. Segundo: completamente endividado. Temos os exemplos do Botafogo, Atlético Mineiro. Outros casos em que houve transformação em SAF: Fortaleza, Coritiba, que também tinha problemas financeiros, mas tinha harmonização política interna. O Athletico Paranaense é um clube que tem um domínio de um segmento político e fez o processo de SAF. São questões paralelas que têm que fazer parte do ambiente para que tu consiga introduzir o assunto”, declarou o ex-presidente do Inter em entrevista concedida ao programa “Show dos Esportes”, da rádio Gaúcha, na quinta-feira (05).
Carvalho também completou: “acho que Inter e Grêmio ainda vão demorar por falta de ambiente político tanto lá como cá e por que a dívida que os dois mantêm não é tão séria, tão grave que leve a uma consequência de ter que ter uma única saída”.
Ex-presidente do Inter aponta caminhos sobre SAF
“Sob a ótica do clube, tem um binômico: competitividade e perenidade. O que o dirigente que vai operar um SAF com investidor tem que pensar: em ter o seu clube perene e competitivo. Para ser perene e competitivo, ele tem que mirar alguém no ambiente do futebol, tipo Palmeiras, Flamengo, o próprio Atlético Mineiro, que hoje tem receita, e o Botafogo e equiparar a receita normal que ele tem à receita que este clube tem. Equipara com as receitas normais, naturais que ele afere, e mais é o investimento do clube”, também afirmou Fernando Carvalho à rádio Gaúcha.
“Ao contrário do que as pessoas pensam, em uma SAF tu não compra a SAF. Se for comprar o Inter ou Grêmio, quem tu vai pagar? Não tem alguém para receber dinheiro. O investidor pega o dinheiro com a mão direita e gasta com a esquerda, organizado pelo contrato que ele vai fazer com a entidade”, analisou o histórico ex-dirigente do Inter.
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