Ex-presidente Giovanni Luigi analisa gestão Alessandro Barcellos

Redação Vozes
20 de agosto de 2024

Reprodução / Canal do Filipe Gamba

O ex-presidente do Internacional Giovanni Luigi (2011-14) se manifestou sobre a atual gestão do clube, liderada pelo presidente Alessandro Barcellos. Em entrevista concedida ao jornalista Filipe Gamba, Luigi relembrou momentos marcantes da gestão Barcellos, como a saída do histórico técnico colorado Abel Braga e a chegada do espanhol Miguel Ángel Ramírez.

“É um somatório de coisas. A gestão talvez tenha feito mudanças, por exemplo, quando o Alessandro assumiu, e eu me dou com ele, tenho relação, não tenho amizade, mas conheço ele. Aliás, quando eu saí, ele estava entrando no conselho. Foi uma coisa assim. Eu nunca convivi com ele no Conselho Deliberativo do clube. Quando ele foi vice de administração do Marcelo Medeiros, ele me procurou algumas coisas para trocas ideia sobre algumas coisas”, revelou Luigi. 

O ex-presidente colorado também recordou o início da primeira gestão de Barcellos, que começou em 2020: “é um contexto. Quando ele assume, por exemplo, sai o Abel [Braga], que tinha praticamente sido campeão e que tem toda uma história, uma bagagem. Aí apostaram no nome daquele treinador que eu não lembro o nome, o espanhol aquele [Miguel Ángel Ramírez]. Essas coisas, essa ruptura, essas coisas assim talvez tenham feito com que não dê certo. Aí troca para outro, que também não dá muito certo. É tentativa e erro. Na minha avaliação tem um pouco disso, de tentativa e erro”. 

“Aí tem que ver também a questão das categorias de base e a questão de quem te cerca. Isto é importante: tu ter pessoas que tenham condições de contribuir no dia a dia contigo, mas eu estou avaliando isto de muito longe. Não estou fazendo crítica, não estou fazendo um elogio. São questões que acabaram, principalmente dentro de campo, fazendo com o que clube não tenha resultados maiores”, analisou Giovanni Luigi.

Luigi fala da “ruptura” prometida por Alessandro Barcellos

“Tu faz uma ruptura em uma instituição se as coisas estão muito mal, se elas precisam. Não teria por que tu fazer uma ruptura de uma coisa, e a história mostrava que nos últimos 10, 15 anos o Internacional era, o Inter ficou mais de 10 anos sendo o clube que mais vendia jogadores para o exterior. Isto porque era formador. Um clube do Rio Grande do Sul tem que ser formador para contrabalançar as receitas que grandes clubes do centro do país têm e que o Internacional por estar no sul do Brasil não tem. Tem que buscar receitas no associado. O Inter chega aos 100 mil sócios quando completou 100 anos. O desafio é manter porque é uma receita importante, porque é ordinária e não extraordinária. Tendo 100 mil sócios, mantém o valor arrecadado todo o mês”, também declarou Luigi, que foi presidente na última conquista internacional do Colorado, que foi o título de campeão da Recopa Sul-Americana em 2011 diante do Independiente, da Argentina. 

“A formação dos jogadores é fundamental. Dá o resultado esportivo, porque dá retorno dentro de campo, e depois te dá resultado financeiro onde o jogador se destaca. Vai ser excepcional para ele e para o clube. E nisto o Inter tem que ir produzindo outros jogadores. Quando nós vendemos o Oscar, que foi a maior venda até aquele momento por 25 milhões de euros, nós já vínhamos preparando o Fredinho, o Fred. Muita gente tinha dúvidas. Ele foi entrando. Levou 10, 15 jogos e foi mostrando. Depois cresceu e também foi vendido. Deu resultado dentro de campo e deu resultado financeiro”, relembrou o ex-mandatário alvirrubro. 

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