O ex-jogador Diego Gavilán, que defendeu o Inter entre 2003 e 2005, dimensionou a importância que teve o ídolo colorado Fernandão antes da vitoriosa temporada de 2006. Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, o ex-atleta e agora treinador paraguaio relembrou a participação de Fernandão no clube.
“O Fernando chegou em um momento de transição. O Muricy sai em 2003 e vai para o São Caetano e aí vem o Lori Sandri. Sai o Lori Sandri e vem o Joel Santana. O famoso Joel Santana. Ali chegou o Fernandão. Se não me engano, eu retorno da Udinese em 2004 com o Alex, um pouquinho antes do que o Fernandão. Ele faz o gol 1000 no Gre-Nal e aí começa a decolar”, afirmou Gavilán.
“Para nós, ele levava toda a pressão e a gente caminhava tranquilo. Eu passei algo parecido com o Chilavert [José Luis, histórico ex-goleiro] na Seleção Paraguaia. Era um cara [Fernandão] que se preocupava com todo mundo, cobrava todo mundo. Falava para mim, para o Clemer ou mais experientes: ‘pega aquele moleque, concentra com ele, vamos alinhar aquele menino que estava saindo’. Essa era a nossa função no vestiário. O Muricy se apoiava em nós”, relembrou o ex-jogador do Inter.
Os jovens do Inter em 2003
Diego Gavilán foi contratado pelo Inter em 2003 por empréstimo junto ao Newcastle, da Inglaterra. Em 2004, ele teve uma rápida passagem pela Udinese, da Itália, também por empréstimo, mas, no mesmo ano, foi recontratado pelo Colorado.
“Quando eu cheguei em 2003 no Inter, eu via o Sobis, o Edinho, o Nilmar, Diego, Diogo de chileno embaixo da arquibancada. A gente concentrava ali no Beira-Rio. Eles, de chinelo, e depois tu vê eles triunfarem. Também o Daniel Carvalho”, recordou Gavilán.