Mais um dirigente do Inter da gestão Vitório Piffero é condenado à prisão pela Justiça. Após o próprio presidente e Pedro Affatato serem indicados à reclusão por irregularidades no clube no biênio 2015-2016, agora foi a vez de Marcelo Domingues de Freitas e Castro receber a pena de 16 anos e quatro meses de prisão em regime fechado.
A ação da Justiça se trata de um desdobramento da Operação Rebote, que investiga desvios no Inter desde 2017. Em decisão na última terça (8), a Justiça considerou o ex-vice-presidente jurídico Colorado culpado por apropriação indébita de mais de R$ 1,144 milhão. O valor era oriundo do Sindiclubes, por isso, também foi condenado o ex-presidente da entidade, César Cabral.
De acordo com a Justiça, Cabral recebia, indevidamente, quantias remetidas pelos cofres do Beira-Rio. Marcelo Castro, também segundo a investigação, era o destinatário final do dinheiro. Os dois podem recorrer em liberdade e, por isso, ainda estão fora da reclusão.
Vitório Piffero e Pedro Affatato lesaram o Inter em milhões
Vitório Piffero foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pela soma de dois delitos: estelionato e formação de quadrilha. Já Affatato, além destes, também responde por lavagem de dinheiro e acabou sentenciado a uma pena de 19 anos e oito meses, também em regime fechado.
De acordo com a investigação da Operação Rebote, a dupla seria cabeça de um desvio de valores na casa dos R$ 13 milhões. Além da pena de prisão, Piffero e Affatato terão de ressarcir o clube de todos os valores obtidos indevidamente. Isso, claro, quando o recurso for finalizado. As investigações seguem, e Inter, Polícia Civil e Ministério Público devem ter novos desdobramentos ainda em 2024. Antes mesmo das investigações serem concluídas, Piffero foi expulso do Conselho Deliberativo e quadro social do Inter.