A oposição do Inter tem ampliado a luta contra a votação do projeto de debêntures no Conselho Deliberativo, em reunião marcada para o próximo dia 16. A ideia do grupo que é contra a proposta encaminhada pela gestão Alessandro Barcellos é, sim, debater a matéria. Porém, estender para 2025 a votação do investimento financeiro no clube.
O problema que, dessa forma, os R$ 200 milhões a serem captados a partir da emissão de títulos a investidores seria votada por fevereiro ou março. Iria ao “mercado” até a metade do ano. E a temporada, basicamente, estaria perdida em relação à fluxo de caixa e liberação de juros - objetivo específico do projeto.
A reunião do dia 16 de dezembro foi marcada de forma extraordinária, a partir da pressão pública de Colorados e Coloradas nas redes sociais e por meio de um abaixo-assinado on-line que cobrava explicações dos conselheiros a respeito da pauta. A petição teve mais de 3 mil assinaturas na web.
Gestão do Inter buscará explicar sobre polêmica do Beira-Rio como garantia ao investimento
O principal ponto para o entrave da pauta no Conselho tem sido as garantias para o investimento. Além do Beira-Rio, receitas do quadro social, bilheteria dos jogos, contratos publicitários e até mesmo um fundo de reserva feito especificamente ao projeto estão entre os termos de segurança para que empresas queiram investir no Inter.
O projeto tem pagamento em cinco anos e estima uma redução de quase R$ 40 milhões referentes a juros com instituições financeiras. Atualmente, o Inter tem um gasto de cerca de R$ 70 milhões neste tipo de retorno aos bancos.