A pressão da torcida do Inter nas redes sociais ajudou a definir o futuro de uma quantia milionária no clube. As debêntures - projeto desenvolvido pela atual gestão para atacar a dívida do clube - têm data para ser debatida dentro do Conselho Deliberativo: 9 de dezembro.
O tema causou polêmica na última semana a partir de uma fala do ex-presidente do Conselho Deliberativo Colorado. No programa Cadeira Cativa, do jornalista Luiz Carlos Reche, Sérgio Juchem declarou que o Conselho não tinha interesse de votar o projeto de debêntures porque “era bom para a gestão de Alessandro Barcellos e isso faria ele eleger um substituto” em 2026.
A fala viralizou nas redes sociais de tal maneira que um grupo de sócios iniciou um abaixo-assinado on-line a fim de que fosse chamada uma sessão extraordinária no Conselho para que o parlamento Colorado desse esclarecimentos a respeito. A pauta não deve ter votação em dezembro, mas o assunto ganhará luz e, principalmente, dará perspectiva à alternativa de melhora financeira em 2025.
Gestão do Inter afirma ter R$ 100 milhões captado para as debêntures
Nos bastidores do Beira-Rio, se fala que o Inter conta com metade do valor proposto no projeto de debêntures. A captação do recurso viria a partir de uma parceria com o banco BMG e o Banrisul. Os demais R$ 100 milhões seriam abertos a outros investidores, pessoa física ou jurídica, Colorados ou não, que desejassem aderir ao modelo financeiro.
Com uma dívida na casa dos R$ 700 milhões, o Inter é o nono maior devedor entre os clubes brasileiros. A enchente de maio fez com que o clube perdesse a linha da recuperação monetária - despendendo um extra no orçamento na casa dos R$ 90 milhões. O clube, até setembro, apresenta um déficit de R$ 148 milhões e projeta encerrar 2024 com um resultado negativo de R$ 44 milhões.