O empate para o Inter contra o Cruzeiro em Minas Gerais deixou distintas sensações: a indignação com marcações controversas da arbitragem, mas o alento pela superação da equipe. O Colorado, mesmo com um jogador a menos desde o 1º tempo - Agustín Rogel recebeu cartão vermelho -, ainda evitou o gol do Cruzeiro em uma penalidade máxima a partir de grande defesa do jovem goleiro Anthoni.
No entanto, antes da expulsão, ocorrida no minuto 33 da 1ª etapa, o Inter enfrentou dificuldade para encaixar a marcação no sistema ofensivo do Cruzeiro, especialmente a partir da presença do meia-atacante Matheus Pereira.
“Penso que até os 18 minutos, estávamos procurando compreender e ajustar formas e os encaixes. O Cruzeiro veio com uma diferença muito importante na figura do Matheus Pereira, que muda drasticamente. A flutuação dele de dentro dos zagueiros que gera uma sobra dupla na nossa linha e uma superioridade no meio-campo. O Cruzeiro, sim, teve mais volume de posse, produção, mas não finalização que nos machucasse, digamos assim. Nos deu dificuldade pelo volume maior que teve a bola. Teve momentos que não saímos, devolvemos a bola ao Cruzeiro, sim”, reconheceu o técnico Roger Machado, do Inter, na entrevista coletiva pós-empate por 0 a 0 no estádio Mineirão, em jogo atrasado da 5ª rodada do Campeonato Brasileiro, disputado na noite desta quarta-feira (28/08).
“A partir daí, quando ajustamos a marcação, eles estavam com o Zé Ivaldo de falso lateral, saindo com linha de 3, empurrei o Gabriel para dentro e tirei o Bruno da linha para ele pegar a amplitude do Marlon. Voltamos de novo. A partir daí até a expulsão cresceríamos pelo equilíbrio defensivo no ajuste que a gente fez. A gente equilibrou o jogo e começamos a construir alguma coisa no campo do Cruzeiro. Depois da expulsão não tem muito o que fazer”, analisou o técnico colorado.
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— Sport Club Internacional (@SCInternacional) August 29, 2024
A aula defensiva do Inter, de Roger
“Acho que foi uma boa aula de como se defender bem com um a menos. Até os 18 minutos tivemos dificuldade, sobretudo pela diferença de posicionamento que o Matheus Pereira dá ao Cruzeiro. É diferente de atacante que faz pivô no meio de zagueiros, que não sai dali. Tem o Matheus que flutua, gera dificuldade extra”, destacou o treinador Roger Machado, que chegou a 9 jogos no comando do Inter.