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Valencia, Alario, Alan Patrick… Veja opções de Coudet para o ataque do Inter com Borré
Rafael Borré foi a principal contratação realizada pelo Inter na temporada. O que indica que será titular, como já ocorreu no empate com o Belgrano. Agora, quem atuará a seu lado? Enner Valencia? Lucas Alario? Alan Patrick seguirá adiantado?
As respostas a essas perguntas podem começar a ser respondidas nesta quarta-feira, contra o Real Tomayapo, pela Sul-Americana. Resta saber, porém, se o técnico Eduardo Coudet terá Valencia à disposição. Até agora, o equatoriano não treinou após a eliminação no Gauchão e trata lesão no pé direito.
Borré fez o primeiro jogo pelo clube gaúcho como titular no 0 a 0 diante do Belgrano. Ainda sem o melhor ritmo e entrosamento, teve três oportunidades para garantir a vitória, mas desperdiçou todas.
A expectativa é que, com o passar dos jogos, recupere o padrão e faça os gols que a torcida espera. Todavia, fica a dúvida de como o ataque será montado. Borré deixou a decisão para Eduardo Coudet e não se aventurou em dar algum palpite.
– É uma pergunta a ser feita ao Chacho (risos). Eu sei que temos grandes jogadores e teremos muitas variações. Esse é um problema do Chacho. Ele quem tem de decidir – disse ainda em Córdoba.
Valencia naturalmente será o nome escolhido pelo status. O camisa 13 tem as arrancadas como principal trunfo e facilidade para trocar de função com Borré. O equatoriano ainda é o artilheiro da equipe em 2024, com seis gols, e rapidamente mostrou a qualidade desde a chegada no ano passado.
Alario, que foi companheiro de Borré no Eintracht Frankfurt, é um jogador mais de área. Neste caso, o colombiano teria a incumbência de sair mais da área. Essa alternativa ganha peso em alguma característica específica de jogo, já que o argentino tem estilo mais físico e de bola aérea.
Aliás, em tese, Alario e Borré poderia atuar juntos com Valencia até mais recuado, como ponta. Embora improvável, esse cenário seria para necessidade de pressionar rivais. Ou mesmo um trio de ataque em uma formatação tática diferente, também algo que Coudet não costuma fazer.
Alan Patrick, adiantado assim que Coudet voltou ao Beira-Rio, se credencia a atuar como o central da trinca de meias. Mesmo neste período em que forma a dupla de ataque, o capitão volta para organizar as jogadas quando Inter está com a bola. Essa opção dá a possibilidade do técnico escalar mais jogadores de marcação no meio-campo.
A semana sem jogos serviu também para o treinador estudar as variações. Coudet aguarda a liberação de Valencia, que se recupera de contusão no pé direito. E tem os trabalhos desta segunda e da terça-feira para contar com a volta do equatoriano.
O Inter volta a campo na quarta-feira. Na ocasião, os gaúchos enfrentam o Real Tomayapo pela segunda rodada da Copa Sul-Americana. A partida, válida pelo Grupo C, será disputada às 21h no Beira-Rio.
Recuado, Fernando dá nova opção na saída de bola do Inter e aumenta alternativas para zaga
Enquanto observa o mercado em busca de mais um zagueiro, o Inter trabalha uma nova alternativa dentro do próprio grupo. Fernando foi utilizado na posição no empate com o Belgrano e correspondeu. A saída de bola e trabalho defensivo permitem que o técnico Eduardo Coudet considere o volante como opção para o setor.
Volante de origem, o camisa 5 virou opção para aumentar a estatura e dar a qualidade no início das jogadas por baixo, como o treinador aprecia. O Polvo tem 1,83m, dois centímetros a mais que Mercado, antigo parceiro de Vitão, e tem o passe como uma das virtudes desde os tempos de Europa.
— Fernando nos dá uma saída de bola mais qualificada. Ele é muito forte, assim como o Thiago Maia. Todos terão possibilidades e precisamos de todos. Foi o primeiro jogo que contamos com todos — citou Coudet após o empate em Córdoba.
Na estreia na Sul-Americana, os argentinos encontraram poucos espaços nos duelos diretos com Fernando. O colorado acertou os 44 passes que tentou, deu cinco rebatidas, realizou um desarme, fez uma falta e acertou três lançamentos.
O jogador de 36 anos comentou sobre a necessidade do treinador e contou com a experiência para se posicionar e anular os adversários. Mas também deixou claro que atua preferencialmente à frente da área.
– Todo mundo sabe que eu sou volante. Sempre joguei nessa posição, mas estou aqui para ajudar. O treinador precisou que eu jogasse nesta posição. Tentei fazer o melhor e ajudar o time – resumiu.
Fernando contra o Belgrano
- 44 passes certos
- 3 lançamentos
- 5 rebatidas
- 1 desarme
- 1 falta cometida
- 1 finalização
A participação na zaga decorre do momento pelo qual atravessa o setor. Robert Renan, então primeira opção, perdeu espaço após o pênalti de cavadinha que custou a eliminação para o Juventude na semifinal do Gauchão. A alternativa de Coudet é Igor Gomes, que atua pela direita, ou improvisar Hugo Mallo. Até por isso, a direção vasculha o mercado por uma nova opção para a posição.
O empate com o Belgrano foi a segunda de Fernando pelo Inter. A estreia ocorreu na posição de origem na vitória sobre o Nova Iguaçu pela segunda fase da Copa do Brasil. Na ocasião, participou da jogada do primeiro gol, quando acionou Mauricio, que cruzou para o cabeceio de Wanderson. Enner Valencia aproveitou o rebote e abriu o placar.
Além das contribuições técnico e tática, a chegada de Fernando também oferece bagagem e liderança. Não tão expansiva, mas nos bastidores, com conversas no dia a dia com os companheiros. O Inter tenta encerrar um jejum de títulos na temporada e pretende priorizar o Brasileiro.
Coudet avaliará como utilizará Fernando nesta sequência de temporada. O próximo compromisso ocorrerá na quarta, quando o Inter recebe o Real Tomayapo pela segunda rodada do Grupo C da Copa Sul-Americana.
Base do Inter adota projeto integrado entre departamentos do clube para potencializar promessas
O Inter promoveu mudanças no trabalho das categorias de base recentemente. Após a saída de Gustavo Grossi e a chegada de Jorge Andrade, que assumiu o cargo de diretor de futebol de formação e transição, o clube implementou um projeto multidisciplinar para potencializar a formação de jogadores e para que eles cheguem melhor preparados ao time profissional.
Batizado internamente de “Visão 360”, o plano consiste em lapidar os jogadores em três áreas: técnica (com abordagem tática também), performance (médica, física, fisiológica e fisioterápica) e comportamental (psicológica, pedagógica e de assistência social).
Funciona mais ou menos assim: cada área realiza avaliação dos jogadores e apresenta um plano de trabalho para que o garoto se desenvolva. Além de observar o rendimento em campo, o jovem passa por avaliações sistemáticas em itens como comportamento e condição física, entre outros, para que nenhum aspecto extracampo interfira no trabalho.
A cada três meses, o jovem volta a se reunir com os profissionais de cada área para avaliar se atingiu os objetivos e, caso contrário, os motivos que interferiram no processo.
O objetivo de tudo é fazer com que o jogador se sinta mais inserido no processo de formação e chegue melhor preparado ao grupo profissional, que já trabalha com metodologias parecidas. Assim, teria melhores condições de desempenhar bem em um ambiente diferente, mais competitivo e com muito mais exigências.
A direção da base reconhece que sua principal missão é entregar mais opções ao grupo principal e entende que este projeto pavimentará o caminho. Atualmente, Coudet conta com nomes como Anthoni, Diego, Matheus Dias, Gustavo Prado, Lucca e Ricardo Mathias como os jovens formados nas categorias de base.
Diego e Ricardo Mathias aguardam a primeira oportunidade no “time de cima”, enquanto Matheus Dias não estreou ainda em 2024. Anthoni iniciou a temporada como titular, enquanto Rochet se recuperava de lesão na costela. Gustavo Prado e Lucca participaram do empate em 0 a 0 com o Belgrano, na semana passada, pela Sul-Americana.
O site do clube lista 30 jogadores no grupo principal, incluindo Gabriel e Carlos de Pena, que estão afastados, mas não conta com Diego e Ricardo Mathias. Com a dupla, o atual percentual de jovens formados no clube no elenco é de 18,75%. Ainda durante o primeiro mandato, o presidente Alessandro Barcellos estipulou como meta ter 40% de garotos oriundos do Celeiro de Ases no elenco.