Leia o que disse Eduardo Coudet após a derrota para o Vasco por 2 a 1

Redação Vozes
7 de julho de 2024

Ricardo Duarte | Internacional / Divulgação

Título do Brasileirão virou ilusão para o Inter?
“A esperança sempre existe. Todos esperávamos ficar com os 3 pontos hoje. Sinto que fomos protagonistas do jogo até que a jogada de azar em que tomamos o gol. Aí invadiu o nervosismo. Até esta jogada o Vasco eu acho que não tinha chutado a gol. Teve um chute de longe no 1º tempo. Nos falta presença ofensiva. Está claro. Tivemos que recorrer a um garoto, ao qual não vamos responsabilizar pela parte ofensiva. Simplesmente tentamos que ele nos ajudasse. Usamos também alguns jogadores que não estavam 100% fisicamente, mas tentamos buscar o resultado. Concordo que foi decepcionante para todos voltar à casa e não poder ganhar”.

Brasileirão como prioridade da temporada.
“Não é uma prioridade, mas disse que vamos tentar brigar pelos títulos. Não sabia qual. Do início foi uma coisa e depois mudamos. Não tiro a responsabilidade, entende? Não é que não mais. Sempre tentamos ganhar”. 

Palmeiras vem de conquistados e com grupos de jogadores qualificados e uso de atletas da base. Por que não vemos mais o Gabriel Carvalho em campo?
“Estás falando de um garoto de 16 anos. Lembro de uma coletiva em que se falava se o Gustavo Prado tinha entrado tarde. No outro começou e não foi seu melhor jogo. Daí vão falar que começou muito cedo? Entende? Quem não joga é o melhor sempre. Te explico algo que acontece em qualquer lugar. Não joga o melhor. Falamos na Argentina: quem dirige o táxi era craque. O filho do que dirige é mais craque que todos, mas gostava da noite. O irmão de fulano era melhor do que o que jogou. Sempre se fala de quem não jogou quando não dá certo. Estamos falando de um garoto de 16 anos. É muito mais fácil colocar garotos com uma estrutura. É a realidade o que você falou. Em uma estrutura, em um time que vem ganhando, que sustenta este garoto com uma estrutura é mais fácil. Se entende o que digo? Então jogar com a pressão que havia hoje aqui, acha que era para colocar o Carvalho? E aí colocamos eles aos 16 anos. Roubamos do jardim de infância para jogar? Sabe o que é jogar aos 16 anos no futebol profissional? 16 anos ele tem. Completa 17 em agosto. E lhe damos a responsabilidade?”.

Leia mais:
Inter tem piora no 2º tempo e perde para o Vasco na volta ao Beira-Rio
Estatísticas: Bustos marca primeiro gol pelo Inter em 2024

Preservação de titulares por questão médica? E o foco nas competições? Copas são opção mais viável?
“Hoje soube com quem poderia começar o jogo a partir do que disseram os médicos. Vou ter na cabeça o próximo jogo. Sempre preparamos o próximo jogo e ver quem está em condições e pode começar para fazer um bom jogo. Até o gol acho que estávamos fazendo as coisas bem, apesar de não ter uma fortaleza ofensiva, estávamos melhor. A partir dali, mudou”.

Ausência da marcação alta
“Houve inundações, 30 dias parados e jogamos a cada menos de 72 horas. Não tem. Fisicamente, não tem como. É uma maneira de jogar, pensar. É um estilo que gosto e tento impor, mas hoje não dá. Praticamente não treinamos do último jogo para este. Sempre reconheço que este grupo, apesar das adversidades, tenta. O cansaço afeta a cabeça. Se eu mostro o famoso GPS, corremos mais do que os rivais nos últimos 10 jogos. Certamente hoje também. São números significativos. O cansaço existe e precisa estar descansado para ter a “faísca” esta e a melhor forma. Gostaria de pressionar lá na frente, atropelar. Hoje o grupo não tem como. Não temos como. Acho que vamos durar 20, 25 minutos. Como treinador precisamos nos adaptar às condições que tem. Concordo contigo. Gostaria de ir pressionar como normalmente fazíamos, pressionando cada bola e cada saída, mas não podemos”.

Vaias para Renê, Hyoran e para o próprio Eduardo Coudet antes do jogo e depois mais vaias ao final. Como blindar grupo das vaias?
“Quando não ganha, isto acontece. Como blindar? Não tem maneira. Quarta-feira o clima não vai ser o melhor para iniciar. É o que acontece em todos lugares quando não se ganha. Não é uma situação bonita para ninguém. Ninguém gosta de vaias. No futebol acontece destas coisas”.

Não falta mais brio, coragem para ti, Coudet, e para o grupo de jogadores?
“Sabe qual é a dificuldade? Vocês sabem. Eu cobro. A situação é diferente. É o que falava anteriormente. Como fazer? São tempos difíceis para todos. Saio da minha casa, vou para Alvorada, não vou mais ao CT. Aqui estão inundados os campos. Tivemos que treinar no sintético outro dia. Não é que queríamos treinar em um lugar fechado. Em Alvorada chove e não dá para usar o campo. Não são campos não profissionais. Outra notícia. Não são desculpas. Estamos jogando a cada menos de 3 dias. A cobrança de um montão de coisas… é difícil a cobrança para o grupo depois de tudo que aconteceu e que estamos vivendo. Peço que se coloque no meu lugar: como cobrar eles? Vamos, viajamos, voltamos, estão cansados e vemos como podemos organizar. É normal ter que perguntar para os médicos quem pode jogar? É difícil como pessoa cair sendo forte. Tento colocar os que estão melhores ainda tomando alguns riscos. O Wesley não estava pronto para jogar hoje. Quem ponho para ganhar, para transmitir energia? Vamos botar um garoto ou um experiente? Se coloco o garoto para começar é porque não temos mais quem colocar. Armamos um grupo muito bom e aconteceu o que aconteceu. São 10 desfalques, mas não vou me esconder atrás disto. Tem 10 desfalques. Qual é o maior problema do time hoje? Fazer gols. Temos dois dos melhores atacantes, mas não estão aqui. Fica difícil”.

“Eu sei as regras do jogo. Quando rola a bola, se esquece de tudo isto. Ah, o Thiago Maia tirou uma senhora da água e depois se erra dois passes, será criticado. Passou. Vivemos muitas situações juntos e isto que estamos atravessando de jogar a cada dois dias, viajar, não é situação normal, é desabar com o cabeça erguida. Não é falta de energia. Como fazer? Se coloque neste lugar: como criticar estes jogadores? Chegamos sexta às 6 da manhã e treinamos à tarde. O que vou treinar? Vamos no sábado e não passaram 48 horas. Mobilizamos um pouco e no domingo pergunto ao departamento médico: doutor, quem pode jogar? Dos que podem, tenho que armar um time. Não jogo a culpa na sorte. Estávamos melhores do que o adversário. Quando tivemos o primeiro erro, pagamos”. 

Faltou mais esforço para hoje?
“Dos jogadores? É que a parte física condiciona tudo. Se entra uma bola de todas que tivemos, talvez mudasse tudo, mas não vejo falta de esmero, atitude. Até perdendo por 2 a 0 poderíamos ter virado o placar. Tivemos chances. Não entrou a bola. Do que falamos anteriormente, não posso cobrar mais deles. No jogo anterior, o Alan Patrick correu mais de 12 quilômetros. É uma média de 11 quilômetros por jogador. Tem times que não chegam a isto. Não posso dizer que não correm. O cansaço tira esta frescura. Agora, as intenções, o grupo tem. Nunca deixamos de preparar um treino, treinar ao máximo, dar condições a todos que jogam. Se tivesse que colocar uma manchete: mais do que isto não posso cobrar dos jogadores pelo que vivemos. A sequência de partidas é duríssima. Reclamo em cada treino, em cada jogo, mas mais não posso cobrar”.

Sobre encontrar soluções para os problemas neste momento.
“Não é que não encontramos uma solução. Não estamos acertando como hoje. Merecíamos ir ganhando até o gol deles? Não tinham chutado. O primeiro chute foi gol. Erramos uma, outra. No começo do 2º tempo com Hyoran e Alan Patrick poderíamos ter convertido. Cobro do Lucca, que é um garoto e que tem seus primeiros minutos? A quem cobro forte? Encontrar a solução… bom, tento buscá-la”.

Em 3 dias tem um jogo decisivo. O que o torcedor pode esperar de diferente na quarta-feira?
“Vamos tentar fazer um bom jogo e ganhar. Isto é o que posso responder. Sabemos o clima que vamos nos encontrar. Quando não ganha é assim no futebol”.

O time não apresentou muito em 2024.
“Você falava que era o melhor time do Brasil. Você falava ou não? Falava depois do Nova Iguaçu. Ou a imprensa falava que era o melhor time do Brasil? Quantos jogadores temos deste time? Quantos ficaram do que era dito o melhor time do Brasil? Muitos diziam que era um dos times que melhor jogava no Brasil? Ou estou louco? Falavam isto depois deste jogo do Nova Iguaçu. Não é que ganhamos do Nova Iguaçu e éramos o City? O que falo é que foi um time teve uma grande sequência, jogava muito bem e tem dois, três jogadores agora”.

Criamos e não fazemos gols. Estamos em julho. O que falta para fazer gol?
“O que eu digo? Temos bons finalizadores, criamos chances e não convertemos. Treinamos chutes a gol, treinamos tudo. Tem que buscar um culpa sempre, o culpado é o treinador quando não se dão os resultados. Como treinador, tento um produto. Criamos chances sempre ou não? Os atacantes querem chances para fazer gols. Somos uma das melhores defesas e um dos piores ataques. Temos dois dos melhores atacantes da América do Sul, por isto outro dia falei sobre quantos jogos do Brasileirão tivemos Valencia e Borré. São 13 rodadas já jogadas. Foi um jogo: com o Cuiabá. O responsável dos resultados e do que se apresenta ou da falta de gol sou eu”.

COMPARTILHAR NAS REDES

guest
1 Comentário
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rafael

O governo federal mente na figura do próprio presidente,o governo estadual mente,o presidente do Inter mente,o coudet mente,e acham que todos devem acreditar. Não aguentamos mas desculpas esfarrapada querendo misturar política social e futebol.


#tags gigantes